sábado, 26 de novembro de 2016

Césio 137

Caíram minhas pernas débeis.
E meu porto seguro.
E toda a ilusão se esparramou luminosa e mortal.
Césio 137 escorrendo pelas paredes.
A Casa, antes da Água, antes segura.
Me contaminou.
Não há chão para minha existência.
Apenas fina corda bamba.
Carnificinas, atrás de carnificinas.
E minha existência-areia se confundindo com o mundo.
Apocalipse total.
Morreu Fidel.
E isso também já não importa.
Estamos todos já em Ruínas.
Sob escombros.
Enterrados.
Porém vivos.

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