sábado, 16 de maio de 2015

Coração Selvagem

Acordo bem.
Até sorrio.
O café pula pelo fogão, pia e chão.
Não sobra nada para mim.
Vou pro banho que dói de tão geladão.
Tento sair.
Chove mais uma vez.
Chove na minha roupa e na minha cozinha também.
A visita levou o guarda-chuva que já não era meu.
É meu destino.
Espero uma chamada pelo Skype.
É meu destino.
O "sábado" aperta meu juízo.
O Buchanan's rejeitado ontem, chora na estante... chama!
Aprendo quem é Louis Calaferte com minha amiga Marie.
Não acho nada dele em português.
Lamento por todas as línguas que nunca terminei de aprender.
Minha cabeça voa.
A chuva já é muita.
São os redemoinhos do meu corpo a tentar domar a água que me consome.
Aquele desespero claustrofóbico que me assombra pega agudo!
Segundo gelados me fazem pensar:
O que vou fazer com meu coração selvagem?
Onde vou pousá-lo durante a chuva?
Precipito-me.
O desespero me empurra.
Vou lá fora chover também!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Das máscaras e das ágoras... e do inglês medíocre!

I'm so confused...
It's so hard!
It's so ugly!

Tantas máscaras...
Mas pior!
Tanto julgamento.

É tão fácil parecer bom.
É tão fácil parecer certo.
Meia dúzia de conceitos.
Difícil é transgredir.

Mudar!
Se Adaptar!
Reagir!
"Retroceder nunca, render-se jamais!"

Criar é coisa dolorida.

Não há retorno à natureza, nunca haverá.
Somos domesticamente urbanos.

Choro profundamente, ouvindo Jhonny Cash.
Um carro acaba de se arrebentar na "lombada".
Coisa feia...

How can I say?
I'm so tired.
Everything is so cold.
So old.
And that poison... in my vein.
That poison from your skin!
I'm afraid.
I'm in love.
I'm focked!

For ever.
And ever.
Hahaha!