quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Poesia Negativa



Entre o Topkapi e o Museu Arqueológico

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ao cantar para o infinito # parte definitiva

Ao cantar para o infinito não queria ver muito dos teus sonhos verdes, mas eles são o meu tapete, o tempo todo, me agarrando pelos pés, ao meu redor, às vezes me compondo, como água do mar. Esse verde é de mata, é de morte, é de luxúria, esse verde é cabana sufocante sem endereço com chuva forte... Mas que posso mais fazer, o que me sobrou? Afinal? Além de correr, escorrer, escorregar por todo verde pesado que você me preparou. Absinto. Estou na cabana encharcada, não? Não há saída da veloz e bruta chuvarada. Absinto, da velha garrafa! Absinto porque não sou daquelas almas que negam por proteção, a vida tão ruim quanto quente que me deram... Absinto, meu amor! Absinto.

domingo, 19 de agosto de 2012

Chuva de Ouro

Falar por escopas???
E por barras..!

A poesia é como flor que explode.
Embota.
Embota a gente antes de sair correndo pela garganta.
Um instante.
Você perde.
Carece.
Por exemplo, Eu!
Eu quero entoar uma poesia...
à tua "multiplicância" tão propícia.
Tão pele e beleza.
Perfeição...

Espero sair rosa e não sopro de nada...
Susto, susto mesmo!

Que posso dizer, senão...
Te amo,
te amo, te amo!
 Danae,
Gustav Klimt, 1907

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

##21



Mares Proibidos.
Distâncias infindas...

Eu também sonhei que te via na janela, por todo o vidro...
Só que eu restava nua como sempre. Sem vergonha.
Sem teu vestido preferido, aquele azul que você deu.
Índia...
Teu barco bêbado cheio dos cheiros das mulheres, tantas elas.
Minha casa e peito ansiosos, sem sequer pesar quantos seios foram seus.
Era a boca tão oceânica quanto a minha, o homem com olhos que chegava...
Marrano meu!
Nunca soube que com minha magia, enquanto tua cara pintava,
amarrava tua alma à minha, nem que fosse os olhos teus.
Nem que por tantas vidas, o preço dessa magia, seja só desejar Marrano meu!
Tenho casa, tenho vidro, tenho madeira e fogo com o qual estou bem acostumada.
Índia... 
Mas quanto a você só posso gritar por teu regresso.
Quiçá um dia seguir tua embarcação.
Teu refúgio, outros Mares, é ladrão de nós...
Nós. 
Impossíveis e belos que somos.
Ladrão cruel, ladrão certeiro, ladrão insano!