O Quarto de Hotel de Edward Hopper, nunca sairá de mim. Essa é minha maldição pessoal. Sou eu ali sentada a ler aquele bilhete que me fará novamente fugir ou deixar que peçam para eu ir embora, partir! Sou eu ali de cabeça baixa, ombros em total dependência e tristeza, mãos em delicado desespero, enquanto malas cortam o canto do quarto em pulsante abstração. Minha cama eterna de solteiro é minha locomotiva... E não há mais o quê dizer.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Pedra ou Medusa
...E aí eu realmente pensei que as imagens me salvariam, tirariam a lava de dentro das minhas cavernosas e cansadas veias, quase diamantes já, mas o universo me nega andamento...
Talvez tenha faltado oferendas a Hermes de pés alados, talvez!
Insultei aos céus? Insultei o mar? Insultei caminhos? Sim, insultei!
Era real que eu caminhava, cuspindo carvão sempre, mas caminhava, hoje não sou cágado, sou pedra! Muda e estéril, ser-sempre que é ser pedra.
Enfim, não tenho imagens para dar, nem um boa língua portuguesa a oferecer, só mais do mesmo sentir. O sentir e não se mover.
Sou passageira indefesa de mim mesma, paralisada numa triste estação.
Sou pedra e Medusa, agora e nada mais.
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