...E aí eu realmente pensei que as imagens me salvariam, tirariam a lava de dentro das minhas cavernosas e cansadas veias, quase diamantes já, mas o universo me nega andamento...
Talvez tenha faltado oferendas a Hermes de pés alados, talvez!
Insultei aos céus? Insultei o mar? Insultei caminhos? Sim, insultei!
Era real que eu caminhava, cuspindo carvão sempre, mas caminhava, hoje não sou cágado, sou pedra! Muda e estéril, ser-sempre que é ser pedra.
Enfim, não tenho imagens para dar, nem um boa língua portuguesa a oferecer, só mais do mesmo sentir. O sentir e não se mover.
Sou passageira indefesa de mim mesma, paralisada numa triste estação.
Sou pedra e Medusa, agora e nada mais.
Um comentário:
como pode sentir sem se mover?! impossível!
se não move o corpo, movem-se as pedras!
vida! maior que nós
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