terça-feira, 22 de novembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

Domingo sem água!

Passar meus olhos por estepes, secas, pinheiros, mangues, manadas...E escrever?
Praças, casas, ruas, avenidas e tendas...
Tomei um chá de hortelã com um rapaz marroquino numa casa de especiarias,
e foi o cheiro dele que ficou, apesar de todas as outras incandescentes notas!
Não posso, nem consigo falar das flores!
Essa, é beleza que introduzo em mim pelos poros, pelos brônquios, pela visão...
Ao contrário, falo daquilo que não absorvo por completo.
Você, seu calor, sua pele de seda comestível.
Falo da beleza dos gregos,
daquela perigosa e que exige oferendas.
Falo do que não posso tocar,
porque tudo que toco, acaba virando meu.
Recordo do teu cabelo escuro e das tuas mãos pequenas,
cheias de pressa e fuga.
E também... dos nossos narizes nas nuvens!
Kkkkk!
Nas nuvens!

sábado, 19 de novembro de 2011

É sábado na Bahia da Píton #1

Arde novamente em mim o desejo...
O desejo de nada ser, sendo lastimávelmente alguém com um passado.

Queria pagar minhas dívidas, mas como um Ulisses pós-moderno, pós-feminista....
Devo atravessar Poseidon, gigante e invariável.
Sem Penélope no fim do caminho, nem manta, nem reino, nem nada.

Grande o homem sem passado.
Como um pássaro.
Me leve, ridículo, homem-pássaro!
Me leve pássaro!

Fogueiro!

Como te queria em minha cama agora...E pensando bem, não é bem na cama que te quero agora, mas em mim!
Volumoso, preênchendo tudo.

Como te queria em mim agora...
E sentindo bem, não é bem dentro que te quero sempre...
Mas em arrancadas, dentro e fora!

Como te queria me sufocando...
Me enchendo de gemidos e uivos que nem Ginsberg entenderia, quereria talvez...
Poderoso como sempre, com sua voz e boca.

Dentro e fora!
Dentro e fora!

Como te queria...
Pelo menos perto...
Para sentir teu cheiro de canela-Gabriela.
Cor de crepúsculo.
Índio-estrangeiro.
Fogueiro.

Onde estás?
Onde estás que não responde?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Atlântico para sempre.

Atravessar mais uma vez o implacável oceano,
e cair em Terras Ancestrais.

Minha voz ecoando, Eva curiosa que sou...
Entre dólmens, castelos, torres, mosteiros e luz espectral, espetacular...
Cartas "avoando" em todo canto na Terra dos Descobridores.
Cintilando como pode.
Cintilando.

Quantas palavras viciantes vagueiam por esse Atlântico.
Viciantes e preciosas.
Tenho parte em cada gota não se esqueça!
Palavras são papoula para escravos do mar, viciados em beleza.

E encontros.
Cartas do Atlântico...