quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

És de invitável beleza

Como um pingo de sol, brilha e queima.
Ilumina.
Enlouquecidamente transforma.
E aquece.
Sua presença na sala...
Bom e vivo filho de Apolo,
enlouquece.
Pan,
desgarrado pedaço de céu.
De carne.
Bem sabem Bernini e Canova.
Quanto da tua pele pode envenenar.
Crescer, crescer, e trair.
Bem sabem aqueles que...
Não resistem a desgarrados pedaços de céu.
Filhos de Apolo.
Reis...


sábado, 6 de dezembro de 2014

Odéssi!

Meu pai? Meu homem? Meu marido?
Odéssi, quem és tú capitan?
Quem se veste de folha e desconfiança?
Quem pergunta mil vezes o quê? 
Arô!
Odéssi, Odé, Odé!
Quem é meu álibi, meu melhor amigo, meu filho e irmão.
Odé paixão minha.
Que preenche meus dias de graça.
Arma sua flecha em mim.
Cabeça, corpo, saliva minha.
Esquece tudo. 
E vem com calma até meus braços.
Prometo não te afogar.
Promete Odéssi, não me errar?
Quero beleza e silêncio.
Quero sua natureza Orixá. 
Folha, Verde e Desconfiança.
Silêncio, verde, silêncio.
Verde.
Desejava palavras cheias de cores, completas.
Mas a beleza também aleija quem sempre verde espirrou...
Palavras completas...
Odé, Odé, Odé!