Mares Proibidos.
Distâncias infindas...
Eu também sonhei que te via na janela, por todo o vidro...
Só que eu restava nua como sempre. Sem vergonha.
Sem teu vestido preferido, aquele azul que você deu.
Índia...
Teu barco bêbado cheio dos cheiros das mulheres, tantas elas.
Minha casa e peito ansiosos, sem sequer pesar quantos seios foram seus.
Era a boca tão oceânica quanto a minha, o homem com olhos que chegava...
Marrano meu!
Nunca soube que com minha magia, enquanto tua cara pintava,
amarrava tua alma à minha, nem que fosse os olhos teus.
Nem que por tantas vidas, o preço dessa magia, seja só desejar Marrano meu!
Tenho casa, tenho vidro, tenho madeira e fogo com o qual estou bem acostumada.
Índia...
Mas quanto a você só posso gritar por teu regresso.
Quiçá um dia seguir tua embarcação.
Teu refúgio, outros Mares, é ladrão de nós...
Nós.
Impossíveis e belos que somos.
Ladrão cruel, ladrão certeiro, ladrão insano!
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