Acordo bem.
Até sorrio.
O café pula pelo fogão, pia e chão.
Não sobra nada para mim.
Vou pro banho que dói de tão geladão.
Tento sair.
Chove mais uma vez.
Chove na minha roupa e na minha cozinha também.
A visita levou o guarda-chuva que já não era meu.
É meu destino.
Espero uma chamada pelo Skype.
É meu destino.
O "sábado" aperta meu juízo.
O Buchanan's rejeitado ontem, chora na estante... chama!
Aprendo quem é Louis Calaferte com minha amiga Marie.
Não acho nada dele em português.
Lamento por todas as línguas que nunca terminei de aprender.
Minha cabeça voa.
A chuva já é muita.
São os redemoinhos do meu corpo a tentar domar a água que me consome.
Aquele desespero claustrofóbico que me assombra pega agudo!
Segundo gelados me fazem pensar:
O que vou fazer com meu coração selvagem?
Onde vou pousá-lo durante a chuva?
Precipito-me.
O desespero me empurra.
Vou lá fora chover também!
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