quarta-feira, 23 de novembro de 2016

#4

Quanto de mim ainda reza pelo céu?
Quanto de mim ainda não se conformou com o chão?
Coruja de asa quebrada.

Arrasada pelos tiros de badogue.
Longe de tudo.
Atacando sem direção.

Pássaro ferido de grito o desespero de ser bicho sozinho.
Mesmo ave que caça.
Ave de Rapina.

Pra bicho de nossa cepa é impossível viver no chão.
Voam assim as predadoras aves.
Durante a noite.
Durante o dia.
Sempre, sempre matando.
Di la ce ran do

Dilacerando carnes e comendo riachos.
Aves de Rapina.
Aves de Visão.

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