sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Servo de Salomé


“Ele diz que é servo meu.

Ele diz que é meu escravo.

Enquanto bate na minha cara.

Com força e doce insistência.

Como pode!?

Tão sincero cego...

Que acha que é Oráculo.

Que peca e se esconde.

Mas deixa estar,

deixa ele chorar e brincar ser servo meu.

Conheço o jogo.

É gozo depois da dor curta.

Lancinante.

Ah! Anjo da asa torta...

É no silêncio que te consumo...

Submissão.

Não desperte Herodes!

Dança Salomé, dança!”


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