quinta-feira, 27 de outubro de 2016

*porquê li um poema de Nuno Gonçalves e senti inveja dele

Entre o Sertão e a Mata Verde
Entre o Sertão e a Mata Verde
Entre o Sertão e a Mata Verde

Escorrego.
Líquida.
Á procura do Mar que me faz Tsunami em dezembro depois do Natal.

Escorrego.
Ar.
Á procura da Guerra que me faz Temudjin, o Grande Khan.

Escorrego.
Mel.
Á procura do Ouro que me faz Rainha de Sabá. 

Entre o Sertão e a Mata Verde.
Entre o Sertão e a Mata Verde.
Entre o Sertão e a Mata Verde.

Escorregam coloridas Serpentes
Que abraço e nos meus braços se enrolam a me Enfeitar.

Despontam Tempestades e Trovões.
A Fúria dos Vulcões.
E dos Reis Vermelhos que se permitem me amar.

Entre o Sertão, a Mata Verde e o Aço.
Faço
Do sangue coalhado da minha ferida.
Um novo Cemitério de Ilusões
Paixões
E Poesia.

Sobretudo vida
Sobretudo vivo sobre
Tudo.

Sobretudo.
Água que é infinda.
Água que não se represa.

que não se governa ou manda governar.

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