sexta-feira, 2 de setembro de 2016

#4

Teus olhos tão vagos quanto o mar.
Apareceram no meio do meu caos do dia.
Uma solidão.
Tão castanhos quanto posso suportar.
Cabelos sempre desgrenhados.
Grudados na pele do teu pescoço.
Que me gusta tanto
E uma camisa verde, desavergonhada com cara de ayer.

Eu quero suas pupilas
E não adianta dizer não.
Quero suas mãos prudentes de quem morreu de amor um dia.
Descontraladas
Em mim.

Porquê tanto cuidado?
Tanto Chorare?
Tanta Não-Vida? 

A minha poesia é ruim
Esse é o porquê?

Equeça minhas palavras 
Escolha minhas mãos.
Não?

Repita mesmo quem é você?
Brade e grite de ira.
Com sua voz tão, mas tão Ave de Rapina.
Que eu, Coruja.
Sei no fundo que você sempre não

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