Abracei-te pelas costas e cheirei fundo em seus cabelos...
Beijei tua nuca e senti o calor de teus pelos em meu peito.
Queria que tu amanhecesse em minhas pernas.
Mas nem sempre quando durmo eu sonho.
Tenho pesadelos e muitos.
Sou e tenho uma fome horrenda.
Cheia de dentes e dentes e outra desenfreada insensibilidade.
Dez horas da noite e o Leão não cessa de roer a carne fria.
Morta.
Morta a tanto tempo que não há mais o que falar.
Abracei-te por um momento no sol.
Dava para sentir o gosto... e bem ver a sombras das árvores em nossas peles.
Sonhei sim, um pouco.
Tudo muito vermelho, não azul, como deveria ser...
Mesmo eu reunindo seus olhos e a cena do crime.
Não há paz a vista.
Em mim, Deus e o Diabo numa carne só.
Assista.
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