Há na minha voz algo de não calar nunca.
Algo muito sério.
Muito exigente.
Muito diferente.
Algo que me tira o humor, fazendo azeda a comida e que me indispõe com vizinhos.
Grito como Joana, a Louca.
Sou louca.
Estou...
Em tétrico caixão a sete pés.
Apodrecendo viva, eu não queria falar...
Que fui eu mesma que deitei e deitei a chave fora.
Destino marcado, nenhuma escapatória.
O que quero eu?
Depois de encenar tantas vezes...
Algo muito sério?
Muito exigente?
Muito diferente?
Acho que só posso ser Joana.
Carregando comigo um corpo pelo reino tanto tempo.
Não é amor, é esquizofrênia tardia.
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