terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vermelha

A beleza dos teus cabelos cadentes, teimosamente a enroscar em meus dedos, pêlos, suor, saliva...

Eu tiro-lhe da cabeça as estrelas e espero.

Cachoeira vermelha caindo em neve pura.

Sua face maçã quente a desmanchar em minha boca, língua, dentes, alma, gemido, lampejo!

É a porta, é a porta que nos acorda!!!
Volte criatura selvagem.
Volte a mim.

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