domingo, 25 de abril de 2010

Vaidade #2

Eu não quero parecer piegas, meu Deus do céu em absoluto! Nem demonstrar grande erudição ou sensibilidade da alma, essa última entendida como, digamos, "delicadeza". Sim, meus caros e raros , eu sinto e muito, mas, esclareço, não é só "delicadeza" que sinto. Além do mais, é sabido, tenho uma relação de amor e ódio com a Portuguesa. Fera de cabelos negros.  Revoltos! Não a domino, pelo contrário, ela sempre me trai, mas como em todo caso desse tipo, traí eu ela também e antes, quando não pude à sua beleza dar forma e vazão.

É o que quero dizer é desculpe-me! Se os aborreço com tamanha melação é porque a melação me agarrou, senão, não.

Ser poesia não é só comoção romântica, nem heroísmo conveniente.
Ser poesia é ser um pouco podre também.
Eu não quero parecer piegas, mas às vezes pareço, e daí?
Eu não quero errar e despi-la mas às vezes o faço, e agora?
Eu não quero parecer bruta, mas é inevitável!!!

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