sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Fantasma


Ele me ensinou a olhar todo dia.
Ele disse que há de ser poeta... aquele que poetar todo dia!
pôr no papel.

Mesmo que bruta
pedra.
Mesmo a tudo parecendo vazia.

Ele me ensinou a olhar todo dia,
mas só aprendi com o tempo.
Tentando respirar entre o vômito.

- O "vômito"...poesia engasgada,
embrulhada em cinza...tanta prisão.

Ele me ensinou a olhar todo dia,
e me via Clarice, enquanto eu era ainda espectro.
...silêncio...


Fantasma Ariel!
Fantasma Ariel!

quantas vozes as tuas.

quanta iluminada verdade,
descuidadamente...
esquecida.

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